Roger Waters – The Wall 2012

Domingo passado, 1º de abril tive a maior experiência da minha vida em um show de rock. Uma experiência que quebrou as barreiras da minha imaginação e me transportou para um mundo totalmente lúdico e surrealista, o mundo da psicodelia de Roger Waters.


Confesso que nunca fui grande fã de Pink Floyd, ouço desde pequeno, mas nunca me aprofundei na obra dos caras com fiz com outras bandas, mesmo assim, sempre respeitei e cantei os maiores clássicos, aquelas músicas que todos conhecem.

Quando soube da vinda de Roger Waters para São Paulo não me entusiasmei, em 2006 já havia perdido sua turnê do famoso álbum Dark Side of The Moon e imaginei que perderia esse também, porém, meu irmão fã de carteirinha da boa música disse que eu deveria fazer um esforço e ir ao show dele, disse que seria uma experiência interessante musicalmente e esteticamente. Então comprei o ingresso e me rendi ao conselho do meu irmão.

Hoje eu sei que foi o melhor investimento que já fiz em um show. Não sei qual a melhor palavra para classificar o show, foi lindo, espetacular, sem precedentes. Por mais que eu escreva como foi, não há como imaginar a riqueza de detalhes, os fogos, os tijolos do muro (The Wall) que é construído e demolido durante o show, os bonecos, as projeções pra lá de cinematográficas. Acho que Hollywood deveria estudar produção com a galera que viabiliza o show do Roger.

Fora isso, o show é emocionante. Logo no início você se sente na guerra graças aos efeitos sonoros, as explosões e iluminação forte. São bilhões de informações que se tem que captar ao mesmo tempo para formar uma ideia do que está acontecendo ao redor. Durante os primeiros minutos às lágrimas foram incontroláveis. Todo o show foi dedicado ao Jean Charles de Menezes, brasileiro morto em Londres em 2005 após ser confundido pela polícia com um terrorista, durante todo o espetáculo são transmitidas mensagens anti-guerra e feitas menções as milhares de vítimas do horror vivido nos campos de batalha. Uma forte crítica social ao capitalismo, aos sistemas de governo e a sociedade vigiada também são tema do espetáculo The Wall.
Como já citei, não há como explicar o show em palavras, vou então dar uma pequena amostra de todo meu entusiasmo.

Another Brick in The Wall



Até a próxima.