terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Será que as marcas querem realmente salvar o planeta?

Uma discussão que vem tomando cada vez mais espaço nas mídias tradicionais e on-line é a questão verde e sustentável. Com o aumento da preocupação das pessoas com a preservação do meio ambiente, as marcas tem se aproveitado mais e mais do mote “sustentabilidade” para vender seus produtos e serviços no mercado.





Hoje, lendo um artigo
artigo escrito por Jimmy Cygler – presidente da Proxis Contact Center – para o blog da Harvard Business Review, me fiz à seguinte pergunta: Será que as marcas querem realmente salvar o planeta?



Não é de hoje que sabemos que faz muito bem para nós e para o planeta se trocarmos os tradicionais meios de transporte movidos a combustíveis fósseis por uma bicicleta. Uma questão cultural que demoraria, mas, poderia muito bem pegar em várias grandes cidades do Brasil. Porém hoje em dia, depois do “aumento” da preocupação das empresas em preservar o verde, o preço de uma boa bicicleta, resistente para o uso diário, subiu consideravelmente. Até mesmo uma bike dobrável custa os olhos da cara e uma pessoa que não quer gastar muito dinheiro não compraria uma e consequentemente não mudaria o hábito.



Usando outro exemplo que Cygler citou no texto. Estudos científicos revelaram que o gado criado para nos alimentar é o quarto maior causador do efeito estufa em nosso planeta, então seria muito interessante se diminuíssemos a quantidade de carne que consumimos e comecemos mais vegetais, o que não sairia caro, porém, outra polêmica é sobre o mal causado pelos agrotóxicos usados na eliminação de pragas desses vegetais. Então a melhor solução seria consumir vegetais orgânicos, sem adição de pesticidas ou modificações genéticas, o grande problema em fazer isso é o preço muito elevado desses alimentos. Como pode ser mais caro se não há adição de nada? Não consigo entender.



Um terceiro e último exemplo disso são as empresas que utilizam o famoso papel reciclado. Na realidade, pouquíssimas empresas usam de fato papel reciclado, a maioria usa papel reciclato (note a diferença), que é nada mais nada menos do que papel normal feito de celulose com uma pequena porcentagem de papel reutilizado, o que dá o direito de ser chamado de papel reciclado, apesar de não ser, já que as árvores continuam sendo derrubadas para sua fabricação. O papel reciclado de verdade tem um valor de venda muito superior a qualquer um de seus concorrentes reciclatos, mesmo que seu custo de produção seja muito menor. Como assim?



Depois de pensar nesses exemplos todos, fiquei com sérias dúvidas se as empresas realmente querem que o mundo seja um dia sustentável de verdade. O que vocês acham?

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